sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Treinamento Funcional, Pilates e Futebol

No decorrer do processo de evolução do treinamento esportivo várias técnicas surgiram, algumas mais específicas e funcionais, outras com pouco valor biomecânico/fisiológico vantajoso. Pensando nisso e procurando periodizar o treinamento cada vez mais específico para o esporte pretendido ou voltado à saúde, minimizando ao máximo os erros, surgem o Treinamento Funcional e o Pilates. Esses métodos tiveram início nos Estados Unidos (Treinamento Funcional) e Alemanha (Pilates), e ambos os treinos têm conseguido um grande êxito no Brasil. Objetivam trabalhar o corpo de maneira íntegra e não isolada, adaptando-o de maneira funcional ao movimento escolhido. O Treinamento Funcional e o de Pilates visam, na especificidade do esporte pretendido, ao fortalecimento do centro do corpo e ao treinamento do sistema de controle músculo-esquelético (sistema sensório-motor), este último geralmente esquecido pelos treinamentos convencionais. Quando se pensa em treinamento desportivo voltado para o futebol, algumas questões muito importantes não devem ser esquecidas, bem como os princípios do treinamento desportivo. No entanto, o princípio da especificidade será aqui considerado para que o leitor venha a entender melhor como o Treinamento Funcional e o Pilates podem aumentar ainda mais a performance dos atletas de futebol, diminuindo os índices de lesões. O princípio da especificidade objetiva as adaptações funcionais que o corpo humano tem ao programa de atividade que lhe foi proposto. Dentre estas adaptações estão relacionadas: angulações das articulações do corpo no chute e movimentos específicos, metabolismo energético predominante, substrato energético primário, postura adequada para ganho de velocidade e força nos movimentos, fortalecimento do core (centro corporal), quantidade de músculos e articulações envolvidas no movimento, mobilidade articular, entre outros. Dessa forma, o atleta necessita ter um controle de seu corpo em relação à gravidade que seja bastante funcional em relação aos movimentos específicos do futebol. Para tal, ele precisa ter as qualidades físicas corporais bem desenvolvidas, e sem perturbações de modo a coordenar e alinhar seu organismo dentro das possíveis exigências de um movimento corporal bastante eficaz e preciso, evitando assim, as muitas lesões que possa ter no futuro. Uma postura correta, por exemplo, representa um ganho de performance imenso e ela pode ser obtida com exercícios de equilíbrio e fortalecimento do corpo de uma maneira íntegra. Condicionando e integrando o Sistema Nervoso Central (SNC) à cadeia cinética do movimento desejado, que é a base do programa de treinamento nesses métodos, o corpo pode realizar um movimento muito mais fluido e dinâmico. Portanto, esses dois métodos procuram não mecanizar o programa de exercícios propostos, para que os músculos treinados não fiquem limitados. Partindo disso, o atleta não se lesiona ao precisar realizar movimentos não previstos no treinamento corporal. O programa de treinamento voltado para a capacidade funcional aqui proposto, traz ao corpo do atleta de futebol diversos benefícios, dentre eles: • Diminuição de lesões articulares e musculares. • Melhoria do equilíbrio muscular. • Melhoria da consciência e controle postural na realização dos movimentos específicos. • Maior estabilidade da musculatura paravertebral, abdômen e glúteos, que são essenciais para realização do chute no futebol. • Melhora do equilíbrio estático e dinâmico. • Economia de esforços em movimentos desnecessários. • Aumento da eficiência dos movimentos. Todo programa de exercício elaborado dentro dos princípios desse tipo de treinamento trará benefícios para o atleta. O mais importante é minimizar os erros para que a performance atlética seja alcançada no decorrer da exigência.BibliografiaCAMPOS, M. A. & NETO, B. C. Treinamento Funcional Resistido: para Melhoria da Capacidade Funcional e Reabilitação de Lesões Musculoesqueléticas. Rio de Janeiro: editora Revinter, 2004. GOLDENBERG, L. & TWIST, P. Strength Ball Training: 69 exercises using Swiss balls and medicine balls. United States of America: Human Kinetics, 2001

Bases do treinamento pliométrico

Atividade ajuda a desenvolver os músculos em movimentos intensos Quando exposto a uma velocidade intensa, o músculo acostumado a trabalhar em ritmo mais leve sente a diferença e tende a render menos. Para tentar aproveitar o contrário, uma das saídas mais eficazes é o treinamento pliométrico, que é baseado no conceito da especificidade e expõe o corpo a esforços exacerbados para prepará-lo de uma forma mais eficiente para as atividades normais. O exercício do treinamento pliométrico consiste em alongar rapidamente um músculo e imediatamente prosseguir com uma contração no mesmo músculo. Essas atividades facilitam a emissão de impulsos neurológicos e facilitam a realização de uma atividade em momentos de muita exigência. Se o músculo é rapidamente alongado, ocorre excitação dos motoneurônios alfa e o corpo recebe a diretriz para recuperar o músculo em questão, causando uma contração que tem velocidade proporcional à do alongamento. O treinamento pliométrico consiste em utilizar exatamente o momento em que os músculos estão se contraindo (o favorecimento mioelétrico no músculo que está sendo alongado representa aproximadamente 25 a 30% do aumento de produção de força na seqüência alongamento-contração do pliométrico). Aproveitando os momentos de contração dos músculos para realizar novos esforços, o treinamento pliométrico trabalha com a restituição da energia elástica do músculo, o que fica armazenado no tecido conectivo e no tendão quando um músculo é alongado. Com um alongamento rápido, a energia elástica potencial tem uma recuperação máxima e retorna para a contração sub-seqüente no mesmo músculo. O resultado disso é que maiores forças podem ser produzidas em determinadas velocidades e o corpo pode ser condicionado para essa evolução. Para realização de um programa de treinamento pliométrico, é fundamental a preocupação com a superfície e com a incidência, dois fatores decisivos para coibir lesões (já que a atividade vai trabalhar os músculos de forma intensa). Por isso, recomenda-se que os atletas tenham um programa de treinamento pliométrico dividido em fases e que a intensidade das atividades seja ampliada de acordo com a evolução da força do jogador.

Bibliografia HAMILL, Joseph e KNUTZEN, Kathleen. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. Editora Manole, 1999.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Preparação física no futebol por Sports Fitness Advisor (EUA)

O futebol é talvez uma das modalidades mais desgastantes do mundo esportivo. No jogo moderno (em qualquer nível) o treinamento e condicionamento são fundamentais.
Poucos esportes são praticados em um campo tão amplo, em um período longo de tempo sem intervalo.
Os jogadores correm em média 8-12 km durante a partida, sendo 24% andando, 36% trotando, 20% em perseguição, 11% sprints, 7% correndo de costas e 2% movimentando com a posse da bola (1).
O jogador de futebol deve possuir excelente resistência, com o VO2max atingindo faixas entre 55-70 ml/kg/min para profissionais. O jogo é disputado numa intensidade próxima ao limiar de lactado (80-90% Fcmáx.)
ImportÂncia do treinamento de resistÊncia no futebol
Quanto maior a capacidade aeróbica do jogador, mais campo o atleta consegue cobrir durante a partida. Além disso, aumentar a resistência aumenta o número total de sprints do atleta na partida (1,2). Um estudo mostrou que o aumento em 11% no VO2max de jogadores juvenis durante um período de 8 semanas, houve um aumento em 20% no total da distância percorrida pelos mesmos durantes os jogos, 23% de aumento em ações com bola e em 100% no número de sprints total de cada jogador (3).
Outras capacidades importantes
O treinamento de força possui hoje no futebol grande participação e importância. Simplesmente fazer exercícios de musculação tradicional (p.ex: cadeira extensora 3 séries x 10 reps!) não é uma forma eficiente de se treinar força para o futebol. O futebol exige um equilíbrio de ações explosivas e resistência muscular. Alguns jogadores podem se beneficiar do aumento de massa muscular, no entanto devem objetivar em converter esse aumento de força em potencia especifica nas ações do futebol.
Corrigir desequilíbrios musculares também é função do treinamento de força. Jogadores de futebol são propensos a desenvolver muito mais o quadríceps em comparação com o ísquio-tibiais, portanto um plano de treinamento muscular bem desenvolvido pode ajudar a evitar uma futura lesão.
Com essas informações podemos começar a projetar um programa de condicionamento físico no futebol. Nos próximos artigos pretendemos cobrir as capacidades mais a fundo.
Referências:
• Reilly T (ed) (1996) Science and Soccer. Chapman & Hall, London, 25–64
• Bangsbo J. The physiology of soccer – with special reference to intense intermittent exercise. Acta Physiol Scand 1994;150:615
• Helgerud J, Engen LC, Wisloff U, et al. Aerobic endurance training improves soccer performance. Med Sci Sports Exerc 2001;11:1925–31.

EVALUACIONES DESPORTIVAS por Dr Ruben Argemi (Argentina)

Alcanzar niveles de alto rendimiento deportivo es el punto final de un largo proceso de esfuerzo de un deportista. El deporte de hoy reclama que los niveles de desarrollo físico logrado sean de una magnitud impensada en el pasado. No se puede lograr el éxito deportivo individual y colectivo si detrás de un deportista no existe una estructura de trabajo que desarrolle una planificación a corto y mediano plazo. Esta planificación debe abarcar todos los aspectos que hacen al entrenamiento deportivo, el cuidado psico-físico, el mejoramiento técnico, físico, táctico estratégico, psicológico etc.
La planificación del entrenamiento de hoy implica un proceso que parte desde el diagnóstico de las características individuales del jugador y debe terminar en el conocimiento de las características fisiológicas del deporte. Desde el punto de partida ( estado del jugador) a la llegada ( necesidades del deporte y puesto) se encuentra el proceso de entrenamiento y aprendizaje, que es indispensable que se realice desde un encuadre científico sumado al aporte de aquellos que tienen las experiencias vividas e historia en el rugby. Desde la comunión de estos dos elementos podrán lograrse los aspectos deseados.

DIAGNÓSTICO DE SALUD Y APTITUD ======>> OBJETIVOSDEL JUEGO Y ENTRENAMIENTO
Planificación del Entrenamiento
También es indispensable entender que el proceso de entrenamiento y de adaptación a ese entrenamiento, es un fenómeno absolutamente individual. No todos responden a las mismas cargas de trabajo de la misma manera, ni necesitan el mismo tipo de entrenamiento para conseguir los mismos objetivos. Ejemplo. Al mismo nivel de intensidad en un trabajo de fondo alguien con menos nivel de entrenamiento irá sumando fatiga a lo largo del tiempo y hasta le podrá producir algún tipo de lesión.
Esto hace indispensable que el entrenador tenga información a cerca de los niveles de intensidad que un jugador necesita. De sus características aeróbicas, de su nivel de flexibilidad, de sus niveles de fuerza, de sus necesidades de aumentar masa muscular o disminuir masa grasa.
Características de la Evaluación Física del Jugador
Un buen examen deportológico debe aportarle a los entrenadores la suficiente información para que estos puedan planificar las intensidades, volúmenes, progresión y características del entrenamiento, así fijar las prioridades del tipo de entrenamiento. Además de asegurarle las condiciones de salud, que eviten el riesgo de sufrir patologías graves.
EVALUACIÓN DE SALUD
1. - Examen clínico, cardiológico, ortopédico-postural y de laboratorio que descarte enfermedades que puedan agravarse con el entrenamiento.
Se debe realizar un exhaustivo examen médico-kinesiológico que diagnostique precozmente defectos que puedan ser tratados y así evitar problemas en el futuro.
2. Asistencial: Diagnóstico, tratamiento y rehabilitación de todas las lesiones y patologías, tratamientos fisiátricos de las lesiones, y la utilización del gimnasio para los procesos de rehabilitación . Incorporar en el entrenamiento ejercicios de fortalecimiento y prevención de lesiones deportivas.
EVALUACIÓN DE APTITUD
3. - Evaluación Antropométrica: La evaluación antropométrica compromete tres estudios: Composición Corporal ( Medición de Masa grasa, ósea y grasa en Kilogramos y % del peso total); Somatotipo de Health-Carter ( relación de grasa, masamusculoesquética y peso respectivamente con la altura) y Proporcionalidad por Estratagema Phamton (medición de las diferentes mediciones con respecto a laaltura).
Se puede calcular las cantidades de masa grasa, ósea y muscular, así como las proporciones corporales que nos aportará:
Posibles excesos de grasa
Posibles déficit generales de músculo
Relaciones entre las diferentes masas y segmentos corporales.
Posibles déficit localizados de músculo con desequilibrios musculares
4. - Flexibilidad: Una mala elongación y movilidad articular predispone a lesiones, por lo que trabajar en la elongación las previene.
5. - Test de esfuerzo
A. Test de campo:
Medición de capacidad aeróbica: Test de Cooper: carrera continua recorriendo la distancia máxima en 12 minutos.
Medición de Potencia aeróbica: Test 1000 metros. Menor tiempo posible para recorrer 1000 metros.
Medición de potencia aeróbica con frenado y arranque. Test Yo-yo: Test progresivo con escalas de 1 minuto en espacio de 20 mts. , con frenado y arranque que nos permite fijar la utilización de la fuerza en el juego.
B. De laboratorio. Test de esfuerzo en Cinta rodante. Test de Conconi: La posibilidad de evaluar cada jugador individualmente en el laboratorio, nos otorga datos valiosísimos individuales, y de la progresión en el tiempo de cada jugador.
Se puede controlar el esfuerzo con frecuencia cardíaca, ac láctico y/o medición directa de gases que nos aporta consumo de oxigeno, formación de dióxido de carbono, su relación etc.
Test de Wingate: Test de 30 segundos que mide el pico de potencia y la posibilidad de mantener ese pico de potencia en el tiempo.
Test en Gimnasio: Medición de Fuerza por grupo muscular.
En maquinas comunes o en evaluación isocinética, que permite un control computarizado de trabajo, velocidad etc.
** artigo retirado do site:: www.fuerzaypotencia.com
------------------------------------------------------------------------ .: Dr. Ruben Argemi, Medico Fisiólogo Club Atlético Boca Júnior, Medico Fisiólogo CENARD.
.: ESPECIALIZACION EN MEDICINA Y CS. APLICADAS AL DEPORTE
.: www.fuerzaypotencia.com