sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Bases do treinamento pliométrico

Atividade ajuda a desenvolver os músculos em movimentos intensos Quando exposto a uma velocidade intensa, o músculo acostumado a trabalhar em ritmo mais leve sente a diferença e tende a render menos. Para tentar aproveitar o contrário, uma das saídas mais eficazes é o treinamento pliométrico, que é baseado no conceito da especificidade e expõe o corpo a esforços exacerbados para prepará-lo de uma forma mais eficiente para as atividades normais. O exercício do treinamento pliométrico consiste em alongar rapidamente um músculo e imediatamente prosseguir com uma contração no mesmo músculo. Essas atividades facilitam a emissão de impulsos neurológicos e facilitam a realização de uma atividade em momentos de muita exigência. Se o músculo é rapidamente alongado, ocorre excitação dos motoneurônios alfa e o corpo recebe a diretriz para recuperar o músculo em questão, causando uma contração que tem velocidade proporcional à do alongamento. O treinamento pliométrico consiste em utilizar exatamente o momento em que os músculos estão se contraindo (o favorecimento mioelétrico no músculo que está sendo alongado representa aproximadamente 25 a 30% do aumento de produção de força na seqüência alongamento-contração do pliométrico). Aproveitando os momentos de contração dos músculos para realizar novos esforços, o treinamento pliométrico trabalha com a restituição da energia elástica do músculo, o que fica armazenado no tecido conectivo e no tendão quando um músculo é alongado. Com um alongamento rápido, a energia elástica potencial tem uma recuperação máxima e retorna para a contração sub-seqüente no mesmo músculo. O resultado disso é que maiores forças podem ser produzidas em determinadas velocidades e o corpo pode ser condicionado para essa evolução. Para realização de um programa de treinamento pliométrico, é fundamental a preocupação com a superfície e com a incidência, dois fatores decisivos para coibir lesões (já que a atividade vai trabalhar os músculos de forma intensa). Por isso, recomenda-se que os atletas tenham um programa de treinamento pliométrico dividido em fases e que a intensidade das atividades seja ampliada de acordo com a evolução da força do jogador.

Bibliografia HAMILL, Joseph e KNUTZEN, Kathleen. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. Editora Manole, 1999.

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