Futebol é um esporte intermitente, com momentos de alta intensidade seguidos de ações de baixa intensidade, sendo que alguns indicadores estão sendo empregados para um maior controle do treinamento. Desta maneira o presente estudo objetiva investigar as respostas da massa corporal, da freqüência cardíaca, do lactato sérico e da percepção subjetiva de esforço em futebolistas numa sessão de treino contínuo e numa sessão de treino intervalado.
Foram avaliados 10 atletas de futebol universitários com média de idade de 20,00 + 2,21 anos. Os atletas foram submetidos ao seguinte protocolo: teste cardiopulmonar (TCP); sessão de treino contínuo de duração de 40 minutos na intensidade do limiar ventilatório; e sessão de treino intervalado, que consistia de tiros de velocidade de 10, 20 e 30 metros com 30, 45 e 60 segundos de corrida de baixa intensidade entre eles, foi verificada da massa corporal pré e pós sessões, monitorizada a freqüência cardíaca durante os dois protocolos, determinado o lactato sérico antes, no primeiro, no terceiro e quinto minuto após as sessões de treino, utilizada a escala de Borg para percepção subjetiva do esforço (PSE) e a escala Foster para controle intensidade de treino.
Quanto à análise estatística, para testar a normalidade foi utilizado o teste de Shapiro-Wilks. Para comparação entre as sessões de treino utilizou-se o t Student para dados paramétrcos, e o teste Wilcoxon para dados não paramétricose e o teste de Friedman para comparação intra sessões de treino. Na sessão contínua a zona da freqüência cardíaca predominante foi de 81-90% da freqüência cardíaca máxima, na sessão intervalada foi de 91-100%, o lactato sérico apresentou valores significantemente maiores na sessão intervalada (4,87 mmol/l) em relação à contínua (3,39 mmol/l) nos momentos pós e a percepção subjetiva do esforço pela escala de BORG não apresentou diferença significante entre as sessões.
Os resultados sugerem uma maior intensidade de esforço na sessão intervalada em relação à sessão contínua, devido aos maiores valores da freqüência cardíaca e lactato sérico, embora a PSE não tenha apresentado diferença, o que pode ser devido a uma maior adaptação dos jogadores a sessão intervalada, já que esta reflete uma maior proximidade com as ações realizadas durante o jogo. Portanto, o treinamento intervalado para jogadores de futebol universitários mostrou-se mais apropriado em decorrência da especificidade da modalidade.
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